segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Golpe do Montepio

O Golpe do Montepio (da Familia Militar)
Por Joséli Costa Jantsch Ribeiro

Botaoteca - Instant Button  Plantao da Globo

Oi Pessoal, sei que faz tempo que não escrevo, muitas coisas aconteceram no último ano, coisas estas que me afastaram um pouco da vida virtual, mas devido a alguns acontecimentos alarmantes, resolvi sair da minha concha e escrever algumas linhas sobre um Golpe que, muito embora tenha tido seu começo no início dos anos 90, infelizmente continua sendo aplicado até os dias de hoje.
Antes de falar sobre o Modus Operandi, da quadrilha em questão, sinto-me obrigada a esclarecer que, após quase ter sido vítima de tal golpe, em junho de 2008, entrei em contato com algumas pessoas ligadas ao Exército e,como resposta padrão recebi que, tal golpe era muito antigo e, portanto, apesar do Exército estar sabendo e fazendo todas as averiguações (desde 1994), não havia mais interesse deles na divulgação das informações necessárias às pessoas, para que estás nao continuassem caindo no Golpe.
Primeiramente fui orientada a ficar na minha, sem divulgar nenhum dado, pois todas as informações eram dados de investigação, ora eu quase fui lesada, se passaram seis meses e, infelizmente fiquei sabendo que uma pessoa perdeu muito dinheiro, ou seja, se o setor responsável nada faz para alertar os pensionistas do Exército sobre o tal golpe, é chegada a hora de divulgarmos algumas informações, para quem sabe assim darmos um fim nesta pouca vergonha!
Após, tal orientação, perguntei porque que os pensionistas do Exército não eram notificados a reseito de tal Golpe, obtive as seguintes respostas: 1)São muito poucas as vítimas potenciais de tal golpe e pr isso o setor responsável se sente desobrigado de fazer qualquer recomendação, só fazedo-a se o pensionista entrar em contato; 2)Ao contrário da primeira, são pensionistas demais, para o Exército ficar gastando com cartas e/ou Circulares de aviso.
Observa-se ainda, que, os nomes e dados expostos aqui, são obtidos das próprias vítimas e, segundo o que se descobriu até agora são nomes ficticios e/ou de pessoas que de modo algum são ligadas ao Exército Brasileiro. A Quadrilha os usa para benefício próprio e, portanto, estes devem ser divulgados, como forma de alerta à população.
Modus Operandi 1:
Recebe-se uma ligação, normalmenteno final da manhã, do Ministério Público do Exército de Brasília, de uma pessoa que se identifica como Dr. Marcelo Meirelles.
O Dr. Marcelo, pergunta se a pensionista se encontra em casa e, após diz que ela teria direito a receber um determinado valor (R$80 mil), referente a uma ação decorrente do Montepio da família Militar.
Para tornar o Golpe Compeltamente convincente, esse tal Dr. Marcelo, fornece dados precisos referentes aos descontos em folha que forma efetuados a título de contribuição para o Montepio, datas de ínicio e fim, tempo total de contribuição e, sempre faltam alguns meses para ter se completado os 10 anos de contribuição necessários, mas que isso não´seria problema, pois para o recebimento do valor, a pensionista só precisaria fazer um d´pósito correspondente aos meses faltantes, neste caso (em torno de 3 mil reais).
Continua o Dr.Marcelo, dizendo que o único problema é que o dia em questão é o prazo derradeiro pra se receber o tal valor, sem que se tenha que ingressar com uma nova ação na Justiça Federal. Então, antes de encerrar a ligação o dr. Marcelo fornece um número de telefone que, segundo ele, seria da Aman
O Dr. Marcelo me passou um Número de Telefone que, segundo ele, seria da AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras), situada em Rezande-RJ, , para que a vítima entre em contato com o Coronel Magalhães.
A Vítima então entra em contato e, após um certo teatrinho, muito convincente, o Coronel nunca atende a primeira ligação, sempre está numa reunião, ele diz que além da vítima ter o direito de receber os 80 mil iniciais, ela ainda teria direito a uma outra parcela, que faria um total de 120 mil reais, mas que para isso ele teria que ainda naquele dia efetuar um depósito daqueles 3 mil referentes aos meses faltantes de contribuição, numa conta no Banco do Brasil, em nome de uma tal de Dra. Monalisa Gomes Xavier (síndica do Processo) e,após lhe passar um faz com o comprovante de pagamento.
Atente-se para o fato de que tais meliantes, possuem informações, sobre a vida profissional dos ex-militares e ,até agora não descobrimos como que eles conseguem tais informações. E, mais que, através de investigação própria, consegui decobrir que o número de telefone não é do RJ, mas sim de um endereço situado em Vitória no Espírito Santo.
Modus Operandi 2:
A 'quadrilha" deixou um recado na secretária eletrônico da casa da pensionista que mora em BH/MG, falando em nome da Associação do Montepio da Familia militar, dizendo que havia um resgate a ser feito em nome do ex-militar, já falecido.Pedia para entrar em contato com um tal de Dr.  Paulo César, em Brasília (061) 3327 1879, que era advogado do Exército.
Na mensagem falava a respeito do Superior Tribunal Militar e outras coisas.A quadrilha fala de coisas, dando dados tão precisos sobre o ex-militar. Não sei onde eles tirarão tanta informação!
Ao entrar em contato com o Dr. Paulo, ele me disse que quem era responsável para liberar o dinheiro era o cel João Libério da Cunha. Forneceu-me o telefone: (027) 3033 5520, 30452042 e 30731447.
A Vítima entrou em contato, fez o depósito e após, o Cel, falou que tinha mais uma taxa e deposi mais uma....Ao todo foram 3 depósitos no Banco Itaú, em nome de Jakeline Amaral Amâncio. Após se desestruturar financeiramente e nada receber em retorno, a vítima, através da internet descobriu que a Associação tem sede no RSe que não delegou suas atribuições, mas que tinha conhecimento que uma quadrilha agia em nome dela, e inclusive fornecera, números de telefone e o endereço da mesma, em Vitória, ES. Ainda, deram outros nomes como Major Fernandes e um tal de Freitas.
Depois disto tudo, o Cel.João, ligou novamente para a vítima, pedindo outros depósitos, sob vários argumentos. E, o mais interessante é que a vítima se mudou para outro estado e mesmo assim  o Cel. mais uma vz teve acesso ao novo endereço.
Investidor é Vítima de Golpe em Várias Capitais
Por Sandra Balbi - Folha de São Paulo
Em outubro do ano passado, Pillar de Paula Pouge, 58, foi surpreendida por uma boa notícia. O dinheiro que ela e o marido, o executivo André Alfred Pouge, investiram há 30 anos no Montepio da Família Militar, em liquidação extrajudicial desde 1986, poderia, finalmente, ser resgatado.
A boa nova, porém, logo revelou-se um golpe que vem sendo aplicado há dez anos, de forma recorrente, em várias capitais.
"A pessoa identificou-se como Roberto Maluf, disse ser advogado e pediu o número da minha conta bancária para depositar o crédito", conta Pillar.
Como o advogado não soube informar qual o valor a ser resgatado, ela desconfiou e pediu na época um contato pessoal --que foi marcado somente para o último dia 26 de junho, no Fórum de São Paulo.
Oito meses depois do primeiro contato, Pillar tinha certeza que o suposto advogado não iria comparecer e nem se deu ao trabalho de ir ao encontro. "Procurei o Banco Central e a Susep e fui informada de que se tratava de um golpe", afirma.
Segundo Eliezer Fernandes Tunala, chefe do departamento de fiscalização da Susep (Superintendência de Seguros Privados), desde 1994 mais de mil reclamações sobre esse golpe chegaram à entidade.
Em agosto do ano passado, uma quadrilha que aplicava o golpe foi presa em Minas Gerais. Mas deixou herdeiros: nos últimos três meses, o número de casos voltou a crescer, totalizando 90 denúncias à Susep. Os golpistas sempre agem por telefone, contatando em geral viúvas ou filhos de pessoas que estavam cadastradas no Montepio. Em alguns casos, a pessoa diz ser coronel do exército, em outras ocasiões se faz passar por um advogado.
"Não sabemos como eles têm acesso à listagem dos participantes do Montepio, e, quando acionamos o Ministério Público estadual para investigar, eles somem", diz Tunala.
O liquidante do Montepio, Errol Domingos Richetti, diz que também não faz idéia de como a lista de credores da entidade caiu nas mãos dos estelionatários.
"Desde que foi decretada a liquidação ninguém mais teve acesso à documentação", diz.
Segundo ele, dos 70 mil credores existentes na época da liquidação, há hoje 43 mil esperando ressarcimento. "Os demais já receberam", afirma.
Para fisgar os incautos, os golpistas acenam com valores altos a serem pagos pelo Montepio (entre R$ 25 mil e R$ 50 mil), o que desperta a "cobiça" em alguns e a desconfiança em outros. Se a pessoa morde a isca, o segundo passo é pedir que ela deposite 10% a 15% do valor do crédito para cobrir as supostas custas da liberação do dinheiro. Quem faz o depósito fica a ver navios.
O golpe chegou a um grau de sofisticação que envolve até fraude bancária. Segundo Tunala, em alguns casos os golpistas chegam a depositar parte do valor prometido na conta bancária da vítima para convencê-la. Dias depois, o depósito desaparece provavelmente, trata-se de cheque sem fundos ou roubado.
Tunala alerta que o Montepio tem um liquidante nomeado pela Susep e que, se precisar entrar em contato com o segurado, fará esse procedimento por escrito, nunca por telefone.
Além do Montepio, os golpistas usam o nome de entidades como a Associação Previdenciária e Securitária Militar, que não existe, da Anapp (Associação Nacional da Previdência Privada) e da própria Susep. "É importante que as pessoas procuradas por estranhos, com qualquer oferta muito boa de seguro, entrem em contato com a Susep para obter orientação", diz Tunala

Susep: 0800-218484 ou gerep@susep.gov.br

Juiz Concede Liminar a Militar Aposentado que Caiu no Golpe do Montepio
Por: Tribunal de Justiça do Distrito Federal
15.12.2009
O juiz da 4ª Vara Cível de Brasília determinou o bloqueio da conta e a quebra de sigilo bancário de uma pessoa que aplicou o chamado "golpe do montepio" em um militar aposentado. A decisão foi liminar.
O militar alegou que, no dia 24 de novembro, recebeu uma ligação no celular de um homem que lhe informou o direito de receber uma quantia de R$ 182.640,00. O homem teria dito que o valor era referente ao êxito em uma causa que discutia valores em atraso devidos em razão de descontos efetuados em seu contracheque, mas que o militar teria de depositar a quantia de R$ 26.550,80.
O autor afirmou que o golpista tinha dados convincentes, inclusive nomes de antigos companheiros de farda, por isso acabou fazendo o depósito na conta indicada, em uma agência bancária de Vitória, ES. O gerente da agência notou a movimentação incomum e bloqueou a conta do réu, que, mesmo assim, conseguiu sacar R$ 1.000,00 no caixa eletrônico. O militar pediu liminarmente o bloqueio judicial da conta e a quebra do sigilo bancário do réu, que não foi encontrado.
O juiz concedeu a liminar e determinou o bloqueio da conta do réu no valor de R$ 26.550,80 e a quebra do sigilo bancário do réu. Além disso, determinou ao banco localizado em Vitória/ES, que forneça em três dias a cópia dos três últimos extratos mensais e de todos os documentos vinculados, em especial o endereço do réu. Para o magistrado, o caso se enquadra no conhecido "golpe do montepio".
O Golpe
O golpe do montepio tem sido aplicado há cerca de dez anos sobre aposentados militares. Pessoas não identificadas ligam para aposentados e pensionistas da Polícia Militar e cobram dinheiro para que os interessados recebam valores relacionados ao Montepio Militar. O golpista informa que o beneficiário está em débito com determinado valor, que depois de corrigido deve ser depositado em uma conta bancária fornecida pelo golpista, a fim de que o total do benefício (Montepio) seja liberado.
Nº do processo: 2009.01.1.193478-2

O Golpe do Montepio
Por Andre Lenart - 30.03.2009
Achei interessante relatar este fato.
Transpirando criatividade maligna, estelionatários têm dado roupagem nova e arejada ao surrado golpe do Montepio a fim de arrancar dinheiro a  aposentados e  idosos em geral.  O ardil é simples: bandido telefona ou envia carta à vítima, informando-lhe que há certa quantia à disposição dela – geralmente, acima de R$ 40 mil. Para sacá-la, bastará efetuar o depósito de pequena quantia a título de “honorários”, “custas”, “seguro” ou algo que o valha. No propósito de evitar a desconfiança do incauto, alguns gatunos chegam a entregar-lhe um cheque como caução. É evidente que o cheque não tem fundos ou então é roubado. Uma pesquisa no Google revela que são incontáveis os casos de pessoas que, de Norte a Sul do Brasil, deixaram-se engambelar por esse absurdo conto de fadas de “dinheiro caído do céu”.
Nesse final de semana, pessoa próxima a mim recebeu a seguinte correspondência:

PODER JUDICIÁRIO

SÃO PAULO
2º Ofício Cível
Rua Libero Badaró, 180 – São Paulo – CEP: 01008-000 telefone
São Paulo Março de 2009.

Processo nº 105033389-94
Guia nº 40027717
Valor: R$ 42.390,17
Data do depósito: 23.03.2004
Ação: Indenizatória
Requerido: MONTEPIO -PREVIDÊNCIA PRIVADA
Senhor(a) FULANO

NOTIFICAÇÃO

Pela presente, expedida nos autos da ação mencionada em epígrafe, comunico a VSª Srª, que encontra-se a disposição junto a este ofício, o crédito acima identificado.
Ficando desde já, NOTIFICADO a comparecer munido de seus documentos pessoais, para o devido resgate, com hora e data marcada.
Outrossim informamos que por força de LEI o beneficiário com idade superior a 60 (sessenta) anos, poderá optar por crédito em C/corrente, Poupança ou através de carta precatória.
Para maiores esclarecimentos, favor entrar em contato com a máxima urgencia no telefone (11) 6759 6353 ramal 140 de a feira das 9:0016:00hs. as
Eduardo Algodoal Lanzaro
OFICIAL MAIOR

Tem razão quem disse que a cobiça cega. De outra forma, como acreditar que mesmo pessoas inteligentes e bem instruídas sejam presa dessa armadilha tosca? O Judiciário NÃO “notifica” (?) quem quer que seja por meio de Cartórios extrajudiciais (??), NÃO envia cartas mal-redigidas, com inúmeros erros gramaticais e de pontuação, além do emprego inadequado de siglas e de expressões jurídicas, NÃO oferece pagamento por via de Carta Precatória (???), NÃO dá número de celular (????) para que o destinatário faça contato, e, PRINCIPALMENTE, NÃO LIBERA DINHEIRO PARA QUEM SEQUER FOI PARTE EM PROCESSO JUDICIAL
Agora, uma pergunta: quem comete um crime com esse modus operandi merece substituição de pena? A pergunta é retórica, mas creio que todos concordemos na resposta… É por isso que eu digo: ao criticar o Judiciário pela “timidez” em aplicar penas alternativas, as autoridades do Poder Executivo revelam não só assombroso desconhecimento das exigências legais, mas também preocupante desapreço à proporcionalidade entre o mal causado e o necessário castigo.
OBS (13.05.2009): pelas visitas que têm sido feitas a este tópico, percebo que o golpe do Montepio está se alastrando novamente pelo país. Já há ramificações no Rio de Janeiro e em outros Estados. Peço àqueles que tenham recebido alguma correspondência maliciosa que deixem algum comentário a respeito. Isso irá ajudar outras possíveis vítimas a não cair na cilada.
Lembrem-se: não entre em contato com os estelionatários para queixar-se (isso não adianta), nem permita que pessoas idosas o façam (são consideradas um público mais vulnerável às fraudes). Guarde sempre o envelope e a carta para entregá-los às autoridades.
Presa quadrilha que aplicava golpes em idosos em diversos estados brasileiros
Grupo se aproveitava de aposentados que recebem o Fundo de Saúde do Exército
Mauren Rigo | mauren.rigo@diario.com.br
Piedade não parece ser sentimento comum entre os integrantes da quadrilha que aplicava golpes em idosos de diversos estados brasileiros. Quatro pessoas do grupo foram presas na manhã desta terça-feira, em um apartamento de classe média no centro de Florianópolis. Ao lado de outros dois foragidos, o grupo é suspeito de provocar rombos na poupança de militares da reserva e de suas famílias. A maioria das vítimas tem 80 anos e têm problemas de saúde. Uma delas, por exemplo, sofre de invalidez.

Para enganar os idosos, o grupo dizia que eles tinham um saldo do Fundo de Saúde do Exército (Fusex) para receber. Com os documentos pessoais das vítimas em mãos, a quadrilha fazia empréstimos em seus nomes. Quando o idoso via que o dinheiro estava em sua conta, ele devolvia uma parte aos estelionatários. Os bandidos alegavam haver erro no depósito e que a soma era maior do que a vítima teria direito. Além de devolver o dinheiro, a pessoa ainda precisava pagar altos honorários à quadrilha.
Quando foram detidos pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), os integrantes estavam prestes a ganhar cerca de R$ 3 milhões em golpes que seriam aplicados em pelo menos outras 150 vítimas. Entre elas, estão pessoas de Florianópolis, Xaxim, São Miguel d’Oeste e Urussanga, em Santa Catarina, Cruzeiro do Sul, no Rio Grande do Sul, Brasília, no Distrito Federal, e Macapá, no Amapá. Também foi comprovada a atuação da quadrilha em São Paulo.
Segundo o delegado Alexandre Carvalho, da Deic, ainda não há como saber quantas pessoas caíram no golpe, mas muitas vítimas devem procurar a polícia nos próximos dias ao saberem que não foram os únicos alvos dos estelionatários.
Émerson Mendonça Pinto, 32 anos, Fabel Evandro de Moraes da Silveira, 26, Fabricia Malena Avila Pereira, 22, e Juliana Krummernauer, 19, foram detidos nesta manhã. No apartamento em que moram, foram apreendidos cópias dos documentos das vítimas (especialmente das pessoas em que não deu tempo de o golpe se concretizar), um notebook e cadernetas com informações sobre a movimentação do grupo.
A chefe do grupo, segundo a polícia, Francielli Moraes de Moraes, 25 anos, e seu marido, Mauro (polícia ainda não sabe o sobrenome), ainda estão foragidos. Um retrato falado deve ajudar na localização da mulher, que de acordo com vítimas, anda em um Ford Ka, com placas de Porto Alegre (RS).
Ao receber o dinheiro dos aposentados, Francielli depositava a quantia na conta de uma empresa de fachada, com sede em Porto Alegre. Foi decretada prisão preventiva dos quatro detidos. Eles podem pegar até cinco anos de reclusão.
A reportagem não teve acesso aos integrantes da quadrilha.
Vítimas enganadas
A mulher de um beneficiário da Fusex ficou desesperada ao saber que tinha caído no golpe. Ela entregou à quadrilha a documentação do marido, de 86 anos e que sofre de invalidez, no começo de outubro deste ano.
— A moça ainda viu o estado do meu marido, doente, na cama. Eu ainda disse a ela que aquele dinheiro seria muito bem vindo naquela hora. Quando descobri o golpe, eu não comia nem dormia mais — afirma a senhora, de 71 anos, que conseguiu cancelar o empréstimo no banco.
Outra mulher, de 64 anos, quase saiu no prejuízo. Ela recebeu o grupo na casa de família, que recebe o benefício, e entregou a documentação. Mas o golpe foi descoberto antes pela polícia.
— Eles chegaram lá em casa falando que havia um saldo no Fusex para receber. Nem desconfiei porque isso já aconteceu outras vez, e era verdade — conta ela.
Como era o golpe
— O primeiro passo da quadrilha era descobrir, por meio de um site, as possíveis vítimas. Elas precisariam receber o Fundo de Saúde do Exército (Fusex)
— Dois integrantes do grupo, bem vestidos, fazem uma primeira visita ao idoso. Eles se apresentam como estagiários de um escritório de advocacia e afirmam à vítima que há um saldo do benefício para ela receber ou que ela será reembolsada por ter feito um pagamento maior ao Fusex
— A dupla pede documentos pessoais (contracheque, CFP e identidade) do idoso, faz cópias e falsifica sua assinatura
— O grupo vai até um banco e pede um empréstimo em nome da vítima. O dinheiro é depositado na conta do aposentado, que é o titular
— A vítima confere seu saldo e vê que há dinheiro a mais na sua conta, passando a acreditar na história contada pelo grupo
— Os integrantes fazem uma segunda visita, explicando que a quantia depositada do foi maior que a pessoa tinha direito. O idoso devolve a maior parte do dinheiro e ainda paga pelo serviço do suposto estagiário
— A vítima só passa a desconfiar quando recebe a cobrança do empréstimo

Os valores
— Em geral, a quadrilha dizia que a pessoa deveria receber duas parcelas de R$ 9,5 mil, mas pediam um empréstimo de R$ 29 mil
— Ao dizer que houve um erro, o estelionatário pedia a devolução de R$ 19,5 mil. Além de receber esta quantia, o suposto estagiário ainda cobrava R$ 1,8 mil em honorários. Cada golpe custava à vítima mais de R$ 21 mil
FONTE: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&newsID=a2727450.htm
Chefe da quadrilha, que se chama Francielli Moraes de Moraes, está foragida – Mauren Rigo
* Podem até ter sido presos, mas o golpe continua sendo aplicado!!!!!



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