sexta-feira, 7 de maio de 2010

Uma Luz que se Apaga

Por Joséli Costa Jantsch Ribeiro

Dia desses, estava a pensar, se hoje me fosse concedido um pedido, o que eu gostaria de ser? E, após alguns vários instantes de pura reflexão, cheguei à conclusão que gostaria de ser uma vela, para assim poder iluminar o caminho daqueles a quem amo.

Pensava eu, ingenuamente que, em sendo uma vela, poderia tornar a vida mais fácil, sem infortúnios, protegendo a todos dos inimigos e abrindo seus caminhos para uma vida melhor, sem quaisquer bloqueios no caminho.

Mesmo os fortes ventos ou as terríveis tempestades não seriam suficientes para deter a minha luz. Nada importaria, pois estaria sempre lá, para trazer alegria e esperança àqueles momentos em que não se vislumbrasse de imediato uma solução.

Minha chama estaria sempre acesa, para ajudar a superar os problemas e fazer com que somente a felicidade e o amor permanecem em seus corações. Por tudo isto, apenas um pedido lhes faria, que jamais me apagasse, a menos que fosse eu a pessoa a qual mais detestassem.

Jamais pensei em magoar ou ferir aqueles que me são caros, pois faço minhas as palavras de Antoine de Saint-Exupéry, no livro entitulado “O Pequeno Príncipe”: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

Mas, muitas das pessoas que um dia me disseram que eu era especial, me deixaram para traz, quando não mais precisaram da minha luz, pois adquiram brilho próprio ou então porque outras velas apareceram em suas vidas. E, a estas pessoas só posso desejar que sigam seus caminhos em busca do que acreditam ser a sua felicidade!

Adeus! Estou partindo, outros precisam de mim, aqueles que realmente me amam e se preocupam comigo. A luz que, por um tempo, iluminou seus caminhos, se apagou, quando descobri que era alimentada um falso amor.

E, apesar, da decepção e da dor que o esquecimento provoca, só lhes peço mais uma coisa, não faças aos outros o que fizeram comigo. Por favor, daqui pra frente, não se esqueçam daqueles que estão a iluminar os seus caminhos, pois alguns daqueles que no passado o iluminaram vocês já esqueceram.

“O que tanto me comove nesse príncipe adormecido é a sua fidelidade a uma flor; é a imagem de uma rosa que brilha nele como a chama de uma lâmpada, mesmo quando dorme...” Eu o pressentia então mais frágil ainda. É preciso proteger as lâmpadas com cuidado: um sopro as pode apagar... (O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry).

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